Resenha do Livro: O medo a liberdade
A obra “O Medo à Liberdade” de Erich Fromm, é caracterizada por uma crítica psicossocial do autoritarismo, da destrutividade e do conformismo, elementos típicos do século XX. O autor afirma que esses fenômenos podem ser explicados através dos aspectos psicológicos da neurose, juntamente com os fatores sociais que o intensificam. A liberdade humana, evoluindo ou regredindo é uma obrigação e um direito do qual os indivíduos não podem ser privados. Em sua obra, o autor realiza um estudo sobre essa questão da liberdade humana, e a relaciona com os elementos da modernidade e da história do ocidente. Os indivíduos, na sociedade moderna atual, estão sempre na busca pelo sucesso financeiro, e com isso, eles se isolaram uns dos outros, e passaram a se preocupar apenas com seu sucesso econômico individual. Essa liberdade econômica, porém, gera um sentimento de solidão, acompanhado de medo e angústia, e isso leva os indivíduos a alienação, e a busca de uma fuga psicológica. O consumismo, característico da sociedade moderna leva a solidão, e com isso os indivíduos se encontram na eterna busca de pertenceram a algo, ou algum grupo, reconhecendo a importância de outros para cooperação e solidariedade. Com isso, a indústria moderna oferece alternativas para suprir esse vazio ontológico, que apenas preenchem a solidão humana de forma artificial, como drogas, violência, formação de grupos terroristas, que dão a falsa sensação de suprir o sentimento de solidão. Além disso, o homem contemporâneo não sabe exatamente o que deseja, e juntamente com o consumismo, quer cada vez mais e mais, e com isso, não consegue se satisfazer e sente-se cada vez mais vazio de realizações. Fromm argumenta ainda, que a partir dos caracteres individuais de uma sociedade de classes, é formado um caráter social, o qual serve de base e modelo para os indivíduos e varia de acordo com a época. Esse caráter social irá gerar uma necessidade geral dos