Resenha do livro O Ano Em Que Zumbi Tomou O Rio

Resenha do livro O Ano Em Que Zumbi Tomou O Rio
Uma guerra civil não declarada formalmente entre o crime organizado e o restante da população carioca aquece o asfalto. Um antigo coronel do Ministério da Segurança de Estado de Angola, que trocou seu país pelo Brasil, prepara esse dia. Um jornalista mergulha na efervescência dos morros cariocas, em busca de respostas e perguntas que poucos se atrevem a fazer.
O livro O Ano Em Que Zumbi Tomou O Rio publicado em 2002 pela editora Gryphus, na cidade do Rio de Janeiro foi escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa. O autor, um conhecido escritor africano, nasceu em 1960 na cidade de Huambo, em Angola. Estudou agronomia e silvicultura, em Lisboa, Portugal, mas acabou de dedicando ao jornalismo e a escrita. Além da obra analisada, Agualusa escreveu Estação das Chuvas (1996) Nação Crioula (1997) Fronteiras Perdidas, contos para viajar (1999). A obra conta com indicações de tempo e espaço que têm valor de título logo no início de cada capitulo. Os quarenta e cinco capítulos do romance dividem a cidade traçando a delimitação narrativa em dois territórios específicos, separados e no entanto interligados pela quebra da fronteira social e habitacional que separa tais grupos.
Jararaca, líder de um grupo organizado formado na favela do Morro da Barriga, Rio de Janeiro, que decide levar a cabo uma revolução no sentido de devolver o poder no Brasil à comunidade negra. Para organizar e abastecer o grupo, contam com alguns antigos oficiais angolanos, entre eles Francisco Palmares. Francisco abandonou Angola no sentido de fugir às memórias de seu passado. Com o objetivo de registrar cada passo até a conquista do objetivo final, contam também com Euclides Câmara, um jornalista que é de grande ajuda no de fazer perguntas que outros não têm a coragem de fazer. Sem dúvidas é este um relato do lado menos bonito da “cidade maravilhosa”, Rio de Janeiro.
A realidade das favelas é deveras relatada por serviços de comunicação, entretanto