Resenha do livro o alienista
ASSIS, Machado de. O Alienista. São Paulo: Ática, 1998
Tempos atrás vivia em Itaguaí um renomado Médico filho de nobres, de nome Dr. Simão Bacamarte. Formou-se em Coimbra aos trinta e quatro anos, retornando ao Brasil afirmando que a ciência era seu único emprego e Itaguaí o seu universo. Casou-se com a jovem D. Evarista da Costa - uma viúva sem muita beleza e simpatia – com o intuito que ela lhe desse filhos robustos, sãos e inteligentes. O que não aconteceu. Após alguns estudos aconselhou sua esposa um regime alimentar, mas ainda assim ela não correspondeu suas expectativas.
Mas o médico não desistiu, entrando inteiramente no estudo e na pratica da medicina. Logo compreendeu que a saúde da alma era a ocupação mais digna de um médico, e se pôs a buscar mais conhecimento na área, buscando junto a Câmara um apoio para que pudesse ser construído um ambiente para os loucos. Mesmo com alguns comentando que era insanidade reunir todos os loucos em uma casa.
Defendendo suas ideias com unhas e dentes o médico obteve êxito junto a Câmara. Tratou logo da construção da casa, que posteriormente foi chamada de Casa Verde, em função as cores das 50 janelas que rodeavam casa lado da casa. Assim se deu a existência da primeira casa de orates em Itaguaí.
Certo dia em uma conversa com boticário, o Dr. esclareceu que se achava no dever de ajudar as pessoas, pois conhecimento sem caridade de nada importa. Além de que a casa era sua maior fonte de pesquisa e conhecimento.
Apareciam loucos de todas as redondezas procurando apoio. Após quatro meses foi preciso uma ampliação. O vigário, Pe. Lopes se surpreendia com a quantidade de loucos, e ainda mais pessoas que há poucos meses atrás pareciam sãs. Com as mais diversas histórias, manias e medos. Aos poucos novos funcionários foram contratados e a Câmera passou a apoia-lo.
Certa vez, o alienista decidiu classificar todos os enfermos. Primeiramente em furiosos e mansos, depois em subclasses de monomanias, delírios e