Resenha do livro “a prática da reportagem” – ricardo kotscho.

O Super-Homem do jornalismo brasileiro

“A Prática da Reportagem” (Editora Ática, 2000, 77 páginas), é uma obra do Ricardo Kotscho, que descreve a vida profissional dele mesmo como um grande nome no jornalismo brasileiro. A obra possui uma linguagem acessível e de fácil entendimento para todas as pessoas que procuram aprender como funciona o jornalismo na prática e não só na teoria - especialmente para nós, jornalistas inexperientes, os ditos “focas”.
Seu livro é segmentado em oito capítulos e é apresentado pelas palavras de Clóvis Rossi que confirma aos leitores estarem diante de uma obra plausível sobre 40 anos da profissão de um jornalista exemplar.
Em 77 páginas repletas de história das décadas de 70 e 80, Kotscho repassa sua vida e profissão para os leitores, explicando o mundo de um repórter, em todas as camadas da construção de uma reportagem, como um passo-a-passo com dicas importantes.
Sendo um ótimo exemplo de cidadão, Ricardo Kotscho explica que um bom jornalista precisa saber informar para transformar, lembrando que, porém, isto só é possível aos que tenham princípios. Também afirma que a pauta é o alicerce chave para o repórter, porém, esta sempre estará aberta a modificações. Por isso, essa profissão necessita uma grande flexibilidade, quando se fala em cobertura jornalística e ser observador é necessário – deve-se estar atento a tudo que acontece dentro e fora da matéria que está em pauta. Assim, o repórter não se apóia na própria pauta e não se torna um passivo na construção da matéria.
Kotscho frisa que lugar de repórter é na rua. Sim, pois nada acontece dentro da redação e as pautas não caem do céu. Assim, cumpre-se a função da reportagem: repassar o fato, com todos os detalhes importantes, a fim de fazer com que o leitor entenda como se tivesse visto com seus próprios olhos. O repórter deve ser corajoso para obter as informações e cobrir eventos de forma completa. Ter um ponto de vista e ideologia é imprescindível para que ele possa