Resenha do livro a escrita: há futuro para a escrita?, de vilém flusser
Vilém defende em seu texto que da mesma forma que a escrita alfabética e linear surgiu como substituição ao modelo imagético usado anteriormente ela será substituída pelo pensamento digital.
As cento e setenta e oito páginas do livro se dividem em vinte e um capítulos em que são abordados elementos característicos da escrita alfabética como as letras, textos, e até mesmo papelarias.
No capítulo “Textos”, o autor nos fala sobre o esquecimento de muitos escritores acerca de seus leitores e da superprodução literária que além de ocasionar a demanda excessiva de papel é de qualidade duvidosa.
Em “Prescrições” fala da dificuldade de pessoas letradas em aprender os novos códigos dos computadores e de como as crianças os aprendem com facilidade.
Em “A Língua Falada” trata do pensamento emancipado da fala. Segundo ele nosso universo não é estruturado pela realidade e sim por nossas línguas através da qual sentimos, agimos e pensamos.
Em “Livros” afirma que não teremos mais papéis a não ser os de embalagens, pois as memórias artificiais darão conta de arquivar tudo o que temos em bibliotecas hoje preservando assim muitas florestas.
Em “Papelarias” fala da extinção das cidades e suas lojas que já não serão tão práticas quanto as compras pela internet.
Em “Transcodificar” diz que teremos de apagar de nossas memórias o alfabeto e o modo de pensar linear para substituí-los pelo novo código onde o leitor se verá livre para fazer associações. Um mundo de imagens ideográficas e da matemática.
Vilém se mostra muito radical em todo o texto, mas acaba exagerando um pouco mais no capítulo “Roteiros” ao dizer que são a despedida da literatura e que são textos que não se dirigem mais a leitores. É mais extremo ainda ao dizer que roteiros são o