Resenha do livro sociedade tecnológica

FILHO, Ciro Marcondes. Sociedade tecnológica. São Paulo: Scipione, 1994.

RESENHA

Ciro tenta explicar, em Sociedade Tecnológica, a crise em que o mundo contemporâneo está vivendo, que o homem está sem estímulos para viver, sem valores e crenças. Ao mesmo tempo defende a idéia que essa suposta crise, na verdade, não existe. Vivemos sim em um período de transição e de mudanças. Para Ciro, a sociedade passou por três eras: A Teocêntrica, Antropocêntrica, e a Tecnocêntrica. Na primeira, Deus assumia o centro na cultura, na moral, na estética e na política, era um mundo obscuro, cabia ao homem apenas obedecer, nunca argumentar, tudo visava uma vida eterna após a morte. Já na antropocêntrica, o homem passa a determinar o que deve ser valorizado na sociedade, na filosofia e na moral, ele passa a pensar que Deus é uma invenção do próprio homem para uma dominação de uns sobre os outros. È o momento das luzes, onde o saber pode explicar os acontecimentos, tudo pode ser decifrado, previsto, dominado, administrado. O dinheiro passa a ter importância, principalmente para propiciar um mundo melhor ao homem. Na atualidade, na era tecnocêntrica , as máquinas ocupam espaço, homens já perdem seus cargos para as máquinas. Surge a possibilidade de se viver uma realidade virtual. A arte já está sendo criada em um computador, onde suas formas se tornam mais precisas e mais objetivas do que as criadas pelo homem. È a era da difração da luz. A comunicação, que teria sido criada para dar informação, na verdade não informa nada, os meios de comunicação estão produzindo uma massificação das informações, havendo uma manipulação das notícias, fazendo com que as pessoas se tornem pessoas sem opinião própria. Os historiadores, para reconstruir a história, procuram reunir documentos e dados para organizá-los de forma que tenham uma seqüência lógica, mas precisam também justificar o seu trabalho, para ter uma respeitabilidade técnica. Já os meios de comunicação