Resenha do livro Psicologia: Uma (nova) Introdução, de Luís Cláudio Figueiredo

MARÇO DE 2014
FIGUEIREDO, Luís Cláudio Mendonça. DE SANTI, Pedro Luiz Ribeiro.
Psicologia: Uma (nova) introdução; Uma visão histórica da psicologia como ciência. São Paulo: EDUC, 2000. - 2. Ed. - 98 p.

No primeiro capítulo, os autores buscam, resumidamente, abordar a visão panorâmica e crítica da psicologia contemporânea, como uma ciência independente. Segundo os autores, apenas na segunda metade do século XIX surgiu o interesse em reservar um território próprio aos estudos psicológicos, que foi quando podemos notar que discípulos e espaços tinham sido conquistados. Então, só aí, passou a existir a figura do psicólogo e instituições voltadas para a produção e transmissão de conhecimento psicológico passaram a ser criadas. Também vemos nesse capítulo que, para a criação e reconhecimento de uma nova ciência, é preciso mostrar que ela tem um objeto próprio e métodos adequados ao estudo deste. E que, para a psicologia, a situação é extremamente complicada, já que seu objeto de estudo, a psique, não é considerada um objeto observável. Auguste Comte reconhece que a possibilidade de uma psicologia, porém, ele afirma que ela sempre estará em uma área parcialmente dependente da biologia, ou até mesmo da sociologia.
Ainda nesse capítulo, podemos concluir que, de toda maneira, psicologia está aí com suas pretensões de autonomia e é importante compreender as origens e as implicações da existência dessa disciplina.
O segundo capítulo retrata as precondições socioculturais para o aparecimento da psicologia como ciência no século XIX. Sendo uma delas a experiência da subjetividade privada, que trata, basicamente do nosso poder de escolha, de decisão e da nossa necessidade de individualidade. E a outra que é a experiência da crise dessa subjetividade.
No segundo tópico desse capítulo, que aborda a constituição e desdobramentos da noção de subjetividade da Modernidade, podemos entender que nossa noção de subjetividade privada surgiu há, aproximadamente, três séculos,