Resenha do livro PRECONCEITO LINGUÍSTICO dr Marcos Bagno
Marcos Bagno, mineiro de Cataguases, é autor de livros infantis, juvenis e já escreveu duas dezenas de obras literárias. Recebeu em 1988 o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e, em 1989, o Prêmio Carlos Drummond de Andrade de Poesia, entre outros. Selecionou e traduziu os artigos reunidos em Norma linguística (Ed. Loyola, 2001). Traduziu História concisa da linguística, de Barbara Weedwood (Parábola Ed., 2002), além de dezenas de obras científicas, filosóficas e literárias de autores como Balzac, Voltaire, H. G. Wells, Sartre, Oscar Wilde, etc. No livro Preconceito linguístico, Marcos Bagno fundamenta-se na discussão sobre a língua falada e a escrita, se existe realmente o português "correto". O autor faz um estudo aprofundado sobre a língua portuguesa, mostrando as várias faces da língua portuguesa com o objetivo de tentar combater o preconceito linguístico no nosso cotidiano. Bagno tentar fazer isso, analisando, na primeira parte do livro oito mitos, dos quais dois deles serão aqui resenhados. Ao analisar o primeiro mito do livro, a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente, Bagno evidencia como o preconceito linguístico é alimentado, defendido e mascarado, não como um preconceito, mas sim como a correção de um erro em nossa sociedade. Enquanto as pessoas se desgastam e esforçam para combater outros tipos de preconceito, esse consegue permanecer latente e camuflado. O preconceito linguístico é um problema gravíssimo e tem a ver com a nossa variação linguística. É como um erro, e não como um grande processo de evolução e adaptação, elaborado por um povo para atender suas necessidades. O pesquisador abre nossos olhos para a percepção desse preconceito, que esta latente e camuflado, como se fosse uma forma boa, porque, a partir do momento que Bagno mostra o valor de nossa língua ter