Resenha do livro perca tempo
O dia em que começamos a nos tornar máquinas neuróticas O primeiro capítulo do livro traz uma explicação do título “Perca tempo”. Ciro Marcondes Filho leva-nos a um cenário passado em que não tínhamos relação direta com as máquinas, em que não precisávamos controlar nosso tempo, muito menos sermos controlados por ele, até enfim abrir nossos olhos para o mundo das máquinas que é a atualidade. Com uma linguagem coloquial e perguntas compondo os parágrafos, o autor se aproxima cada vez mais de nós, como se estivesse dando um conselho amigo de que não precisamos querer nos tornar máquinas, além de idolatrá-las. Preocupa-se com as clinicas de estética serem o refúgio de querermos ser eternamente jovens, como uma renovável máquina que por nossa ilusão, nunca envelhece. Embora Ciro critique tanto nossa obcessão pelo tempo e nos mostre bons argumentos para tal ação, eu, mera universitária, acho fascinante a possibilidade de nos organizarmos para ganhar tempo. Não se trata somente de ver o futuro, nós procuramos fazer tudo o que queremos fazer em um só dia, período que eu considero o presente. Ou seja, não só planejamos, pois não sabemos o amanhã, nós tentamos ganhar tempo e nos organizar, por em prática todo o esquema de vida e rotina que aprendemos na escola, para aproveitar o presente.
Resenha do segundo capítulo
Sobre o caráter blindado Este capítulo aborda o tema sobre pessoas blindadas, não no seu significado original (ofuscar, prejudicar a visão), mas no sentido de “vestirem chapas de aço”, ou seja, adquirirem um escudo psicológico na vida para se protegerem contra as agressividades do mundo, mas não para viverem verdadeiramente. Esse escudo funciona como nossa defesa nas situações constrangedoras, inibidoras ou ameaçadoras, e para que ele seja desfeito é preciso recuperar as emoções. Porém, esse ele foi construído ao longo de nossa vida por estímulos externos, como a angústia, não nascemos assim. Começou com o conhecimento de termos