Resenha do livro pedagogia da autonomia
Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
A ARTE DE ENSINAR
O titulo do livro é bastante sugestivo, e sintetiza em poucas palavras as idéias que o autor apresenta nesta obra. Paulo Freire aborda de forma objetiva, a formação do professor e os saberes que a ele são necessários na pratica pedagógica em beneficio ao educando.
Neste sentido, segue sua análise apresentando alguns pontos que considera imprescindíveis para a prática do ensinar.
Para ele educar não é meramente transferir conhecimentos, é desenvolver nos alunos a autonomia do ser, é respeitar os conhecimentos trazidos por eles (principalmente os das classes populares), para a sala de aula visto que são sujeitos sociais e históricos. Enfatiza ainda a responsabilidade ética e coerente do docente em sua prática educativa, cuja posição é de um ser que não se conforma com sua realidade e que ainda acredita na possibilidade de mudanças com otimismo.
No capitulo inicial o tema “Não há docência sem discência”, deixa claro que tanto o professor quanto o aluno fazem parte do mesmo processo de construção da aprendizagem, pois um depende do outro, numa relação de troca, onde “quem ensina aprende a ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. (p. 23)
Para Freire, uma das principais funções do professor é o rigor metódico no processo de ensino-aprendizagem, onde seu dever é despertar no aluno a indignação, a curiosidade e a consciência crítica, levando-os a compreender o mundo sob um olhar questionador e transformador de sua realidade, o que difere a perspectiva do “ensino bancário” que é um ensino meramente mecanicista.
Enfatiza também a importância da pesquisa no ensino, pois ela instiga a curiosidade, a busca pelo novo que inicialmente é ingênua, mas pode vir a tornar-se uma “curiosidade epistemológica” baseada não apenas na experiência cotidiana, mas problematizadora.
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