resenha do livro Longe da Arvore
Quando os filhos nascem fora do padrão esperado pelos pais, estes encontram uma grande dificuldade na aceitação em relação à realidade da criança e da sociedade, pois quando algo se distingue do padrão imposto pela sociedade a integração na mesma torna-se difícil.
Os filhos muitas vezes são cobrados a desempenhar as expectativas dos pais, e quando nascem com necessidades desconhecidas há uma grande possibilidade de uma reação negativa por parte dos pais, já que eles se deparam com uma relação permanente com uma criança que se distingue dos padrões impostos.
Como relatado pelo autor Andrew Solomon em sua obra Longe da Árvore, estes filhos “diferentes” passam a construir sua identidade de duas maneiras, vertical e horizontal. A identidade chamada de vertical é aquela em que é constituída através das características com os pais e transmitidas de pais para filhos através de gerações, não apenas pelo DNA, mas também através de normas culturais que são adquiridas. A identidade horizontal é aquela que os pais e os filhos sentem, a necessidade de procurar uma referencia em grupos iguais.
Quando os filhos adquirem as necessidades desconhecidas já chegando à idade adulta a adaptação é ainda mais difícil do que nos casos em que elas se manifestam desde o nascimento, como no caso da Esquizofrenia.
Na obra de Solomon ele dedica um capitulo especial em casos de esquizofrenia e apresenta muito bem a questão da dificuldade dos pais em aceitarem que seus filhos bem formados, muitas vezes já ingressados em faculdades ou até mesmo empregados podem estar irremediavelmente perdidos.
Porém, a esquizofrenia não elimina a pessoa totalmente, em muitos casos ela ainda pode apresentar vestígios mais básicos de sua personalidade.
Na verdade a esquizofrenia cria uma espécie de mundo