resenha do livro "Dos delitos e das penas
O Racionalismo
A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes.
Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."! Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. O homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar. Entender ser possível chegar ao pleno conhecimento através do processo de pensamento racional, Descartes, idealizou um processo de dúvida metódica pelo qual através da rejeição (eliminação) de pensamentos ou ideias em que resida a menor dúvida o homem seria capaz de alcançar o conhecimento.
O Empirismo
Quando Leonardo Da Vinci afirma que "A sabedoria é filha da experiência” ele de fato resume em poucas palavras a crença dos empiristas ingleses cujo trabalho antecedeu por quase um século. Francis Bacon, John
Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica). Marlene Chauí afirma que para os empiristas o contato com o mundo externo através de um conjunto de sensações (através dos sentidos) leva a um processo de dedução que possibilita o conhecimento, "O conhecimento é obtido por soma e associação das sensações na percepção e tal soma e associação dependem da frequência,