Resenha do livro constituição e estado de exceção
A Constituição de Weimar é um fato histórico, de certo singular, entretanto com similaridades que se repetem ao longo da história, bem como outras situações, em diferentes povos e épocas, das diversas crises, econômica, cultural, política e moral que já existiram. Para exemplificar esta afirmação, tomo como exemplo a queda do Império Romano.
Fato é que ocorreu uma inflação galopante, promovida pelos imperadores no século III, que destruiu o valor da moeda corrente prejudicando a acumulação de capital, levando a anulação do cálculo do valor da moeda e consequente redução de sua circulação. Este fato, somado ao controle estatal da maioria dos serviços e preços e a falta de aquisição de novos escravos, por conta da redução da conquista de novos territórios devido a redução do poderio bélico, enfraqueceu mais ainda o sistema de produção. Tais acontecimentos tiveram consequências desastrosas, pois, com os preços insipidamente baixos, decorrente de uma economia em estagnação plena, a lucratividade de qualquer empreendimento comercial estava comprometida, o que resultou num colapso da produção, em uma complexa divisão do trabalho.
Num Império que continha um número de cidadãos, homens adultos e livres, durante o Principado em Roma, de cerca de 320 mil, em Constantinopla, no mesmo século V, havia apenas 80 mil cidadãos, praticamente ¼ da quantidade de cidadãos em Roma, claramente uma força produtiva proporcionalmente mais baixa, visto que apresentavam um menor número de escravos historicamente menor. A força produtiva poderia estar 5 vezes menor que a necessária, apesar deste ser o lado mais forte e estruturado durante o período da crise, cuja maioria era cristão. Com os trabalhadores desempregados, estes passaram a modo de produção de subexistências, enquanto a moeda deixou de ter valor, insumos e alimentos tornaram-se mais valiosos, o que corroborou com a