Resenha do livro como é ser surdo
A autora, Vera Strnadová, é tcheca e aos 6 anos de idade perdeu a audição. Pedagoga, foi estimulada a escrever o livro pelas freqüentes perguntas de seus alunos sobre a problemática da surdez.
O assunto é abordado com clareza e concisão, ela relata fatos do seu cotidiano e com isso nos faz perceber que coisas simples, que para nós ouvintes são às vezes realizadas até de uma maneira automática, para os surdos são extremamente difíceis.
Após ler os relatos da autora percebi que o nosso sentido mais importante é a audição, sem ela ficamos completamente alienados, é como se existissem dois mundos distintos, o do surdo e o do ouvinte, e um grande abismo entre os dois. O livro faz refletir sobre como nós somos despreparados para lidar com as diversidades, e diria até egoístas porque não nos preocupamos com as pessoas que tem restrições.
A falta de informação sobre a surdez, pelo que percebi, é igual em qualquer parte do mundo, isso cria uma sociedade despreparada, poucas são as pessoas que sabem que os surdos não são mudos, por exemplo. A exclusão é imensa, mas isso não acontece só por má vontade das pessoas, mas por ignorância mesmo, falta de informação é um dos pontos críticos do problema. Outro ponto é a omissão dos governantes e autoridades em relação ao fato, que não tomam providências para que os surdos tenham uma qualidade de vida melhor.
Através desta obra a autora consegue quebrar um pouco a barreira entre os dois mundos e por isso o livro é de utilidade pública, deveria ser leitura obrigatória nas escolas, quem sabe assim conseguiríamos diminuir esse