Resenha do livro ''Cultura, um conceito antropológico"
No inicio do livro, o autor define do que se trata a obra, dizendo que se refere a resolver um dilema da conciliação da unidade biológica com a grande diversidade cultural, mostrando vários costumes dos povos de diversas partes do mundo, indo de Tártaros á Índios Tupinambás; citando a visão de filósofos, historiadores e viajantes, que pesquisaram e publicaram o que observaram, havendo uma conturbada discordância de opiniões, já que pra uns, o relativismo cultural é muito considerado, e para outros, nem tanto. Como por exemplo, a pesquisa do Padre de Anchieta que se surpreendeu ao conhecer os costumes patrilineares dos Índios Tupinambá, que tem para si o parentesco verdadeiro vindo diretamente dos pais. Assim, filhos das fêmeas são denominados escravos e os vendem, ás vezes os matam e comem. Diferente de Montaigne que não se espantou ao ter contato com os Tupinambás, convencido do Relativismo Cultural, afirmou que só se considera estranho ou bárbaro o que não se pratica em sua terra.
Chegando a conclusão que não se precisa viajar tão longe para perceber tamanha diferença de costumes, basta pegar seu próprio país e comparar com outro, mesmo que seja um costume irrelevante, já é um exemplo que mostra a diversidade constante e imensa espalhada pelo mundo, e mesmo assim, conclui-se que essas pesquisas e vários exemplos não conseguem explicar tal dilema.
1. O DETERMINISMO BIOLÓGICO
Neste tópico é relembrado aquela velha dedução que algumas raças tem mais a oferecer do que outras, pelos simples fato biológico, geográfico e hereditário. Mas os antropólogos logo explicam a invalidez dessa idéia. Pois, segundo Felix Keesing, qualquer criança pode se adequar a outra cultura, se, colocada desde do inicio no meio, ela terá os mesmos costumes que uma criança nascida ali, isso é decorrente ao aprendizado que será passado á ela.
Uma pesquisa feita em 1950, especialista naturais e sociais, fizeram