Resenha do filme o que você faria
RESENHA: FILME “O QUE VOCÊ FARIA?”
Face ao filme apresentado onde os candidatos fazem praticamente tudo a fim de se conquistar uma vaga, verificasse que os atos não somente fazem menção a vaga como também há um espírito de disputa comum a nós seres humanos. Entendo ser válido qualquer esforço a fim de se obter o pretendido, porém há alguns limites morais a serem seguidos.
Verifica-se no filme que em paralelo à entrevista agendada existia um fator psicológico externo, ou seja, os candidatos chegavam à entrevista sobe um cenário de guerra movido por uma manifestação contra a globalização. Utilizando o método de Grönholm, a empresa teve a ajuda deste meio externo para que os ânimos já estivessem exaltados antes do início da dinâmica a fim de se apimentar a disputa, tendo como um dos objetivos encontrarem “o espião” imposto pela empresa, infiltrado junto aos candidatos.
O método Grönholm pode ser considerado uma espécie de reality show porque os participantes selecionados são manipulados e estimulados a competir uns contra os outros, sendo observados por psicólogos através das câmaras que filmavam tudo. O objetivo é eliminar os outros concorrentes e se tornar o vencedor da disputa. Para isso, é montado um cenário onde é criada uma “pseudo-realidade” com situações de conflitos, que exigem atitudes dos mais aptos, ou seja, daqueles que se submetem por completo aos ditames do capital, anulando a sua subjetividade.
A fim de alcançar a instabilidade emocional dos candidatos, a empresa começa a executar uma série de dinâmicas a fim de encontrar a pessoa que psicologicamente estaria mais preparada para o preenchimento da vaga, e sendo assim as diversas personalidades começam a surgir mostrando os pontos fortes e fracos de todos, culminando na eliminação de um a um.
Por fim, é entendido que a pessoa que ganhou a disputa era a mais preparada, e justamente foi aquela que seguiu seus princípios e não se deixou abater pelas inúmeras dificuldades impostas