Resenha do filme: O lobo de Wall Street
R. O filme conta a trajetória de um jovem de classe média baixa, muito ambicioso e com enorme poder de comunicação e persuasão (além de fortes habilidades em vendas) que sonha em ser rico e vai trabalhar como corretor da bolsa de valores em uma empresa conceituada de Wall Street - o coração financeiro do mundo - e que acaba se enrolando com o governo federal em negócios escusos.
Na minha visão, o maior incômodo com o filme não se deve à glamourização do faroeste em busca do dinheiro, com sexo e drogas. O que reamlente chama atenção é que, apesar de ter atuado nos anos 1980 e 1990, o personagem do Leonardo di Caprio é muito parecido com pessoas que conhecemos, convivemos ou com nós mesmos.
Ele tem foco no resultado (em detrimento de ética, transparência, preocupação com o cliente e com o futuro do planeta) e usa quase todas as ferramentas que a maioria das empresas adota hoje.
Talvez o filme nos tenha dado uma oportunidade de repensar um pouco os princípios e rituais do mundo corporativo.
Alguns rituais são folclóricos e soam inofensivos, como o do vendedor (o corretor de ações, no caso da corretora de Jordan Belfort) dizendo aos clientes que vai transferi-los para um assistente para fechar os detalhes do negócio, atribuindo-se uma importância do que a que tem. Ou como o de a empresa nomear vários vice-presidentes entre os vendedores para o cliente sentir-se importante sendo