Resenha do filme o leitor
Depois desse encontro casual, os encontros passaram a ser mais ardentes e o adolescente vive uma fantasia real de ter consigo uma “tutora sexual”, misteriosa, envolvente e decepcionante em relação à sua imatura concepção de amor.
A vida para o adolescente, nesses momentos, se resumia unicamente a satisfação da mais prazerosa necessidade biológica: o sexo. Do ponto de vista freudiano isso seria um “pleonasmo”, na qual é muito bem ilustrado nas evidências dos pensamentos e das ações do adolescente para agradar a moça, tendo em vista conseguir para si um envolvente e ardente corpo de mulher. Já para a moça, o sexo não precisava ser dissimulado nas indiretas das relações humanas, ela parecia entender bem que não era mais do que uma satisfação do corpo, uma necessidade biológica, por vezes permutada com o parceiro.
Para ela, a relação com o garoto não tinha aspecto de amor romântico, era livre e naturalmente vivida por ela dentro de sua perspectiva; embora é possível vislumbrar, em alguns momentos, contornos de romantismo por parte da dama – talvez por receio em não frustrar tanto os sonhos do iniciante rapaz, ou porque ela mesma estivesse sentido prazer da companhia, o que em sua vida solitária foi coisa tão rara.
A donzela, de poucas perguntas e poucas respostas, era facilmente cativada por leituras, nas quais se comovia e parecia sentir a vida com toda sua pujança se revelando através das palavras que saiam das leituras de romances e poesias que o adolescente realizava em voz alta. Mas por que a moça não lia ela mesma se gostava tanto assim de livros? Mantido às escusas, o adolescente trocava leituras por sexo.
É assim que se inicia o filme “O Leitor”.
Nos minutos iniciais o filme parece um estranho romance retirado dos sonhos de um adolescente fantasiando suas primeiras impressões sobre o “amor romântico”, encenado com a bela donzela experiente que iria