Resenha do filme "O Baile"
O filme “O Baile”, começa com uma característica peculiar, pois não possui nenhuma fala. No entanto, ele mostra bastante as diferentes épocas da história política, econômica e social da França, usando uma encenação bem teatral, optando por usar bastante gestos e olhares, expressão corporal e facial, além do cenário único, das músicas e das roupas. As músicas possuem ritmos diferentes ao longo do filme, que representam uma época ou um acontecimento, conforme as músicas vão mudando.
O filme começa com um senhor arrumando o salão de festas, que irá acontecer um baile. Uma de cada vez, as mulheres vão chegando ao salão, e todas param para se arrumar no espelho, antes de se sentarem. Cada uma possui uma característica distinta das outras. Altas, baixas, jovens, velhas, cada uma com o seu estilo pessoal.
Após todas as mulheres em cena, entram os rapazes, que ficam sentados todos perto do bar. E assim, começam a levantar e chamar as moças para dançarem. A pista começa a ficar cheia, e os personagens apresentam um comportamento desprendido, com ousadia nos olhares, principalmente enquanto dançam e recordam o passado. E são esses personagens que nos mostram (como uma metáfora), os conflitos existentes na sociedade daquela época. As faixas espalhadas pelo salão mostram vários dos protestos que existiram na época representada.
Ao longo do filme aparecem algumas frases, porém com o intuito de somente localizar o espectador dentro da história, ou seja, a época em que está cada personagem.
Alguns dos conflitos mostrados no filme são: Invasão Nazista, Segunda Guerra Mundial, Guerra da Argélia. Uma cena que demonstra bem um desses acontecimentos é quando um homem aparentemente latino é espancado no banheiro e posto para fora do baile, como forma de “exílio”.
O filme também nos revela o marco do mês de “Maio de 1968”, no qual uma greve geral na França, desde estudantes até trabalhadores de fábricas. Este fato é referenciado por meio da cena na qual vemos uma rebelião