Resenha do filme "Uma verdade inconveniente"
Neste documentário bem produzido e polêmico, o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, expõe ao mundo as verdades do aquecimento global. Com a plateia cheia, ótimos gráficos e uma linguagem direta e prática, Gore relata os mitos e equívocos sobre o aquecimento e o que nós, humanos, podemos fazer para solucionar os problemas que vem se agravando anualmente.
Em um país como os EUA, discutir sobre o aquecimento global é bem polêmico. Além de não fazer parte do Protocolo de Kyoto, EUA e China são os países mais poluentes do mundo e tem a população que mais é consumista. Falar sobre esses assuntos ambientais não agrada o governo e nem as sociedades empresariais, que normalmente estão interessadas nas produções industriais para aumentar a demanda e poder americano dos produtos. Al Gore foi muito criticado internamente, mas, apesar de tudo, seu documentário prova suas teorias através de pesquisas científicas e deixa claro que esse assunto é mais sério que muitos pensam.
Através de um gráfico, Gore mostra que foi a partir da Revolução Industrial que as emissões de CO2 começaram a aumentar bruscamente, devido à invenção de indústrias com queima de combustíveis fósseis e as máquinas movidas a vapor. Desse modo, quanto maior o desenvolvimento industrial, maior era o impacto, porém nem todos percebiam isso. Sendo assim, o dióxido de carbono vem aumentando cada vez mais ao passar do tempo e, curiosamente, apresentavam oscilações no Hemisfério Norte no Verão: mais vegetação, logo o processo de fotossíntese colaborava para a absorção dos gases poluentes e liberava O2, enquanto no Inverno, como as plantas normalmente secam, o nível de CO2 era bem mais elevado.
Percebe-se, então, que a vegetação ajudava a conter o risco dos gases poluentes permanecerem por muito tempo em nossa atmosfera devido ao seu processo natural de fotossíntese. Contudo, Gore mostra em seus mapas que o “pulmão do mundo”, a Floresta Amazônica, vem sendo desmatada