Resenha do filme - tropa de elite ii
O filme é um pequeno retrato da realidade no mundo atual, onde o jogo de interesses é muito maior do que se pode imaginar, retrata o tráfico, a marginalização e a violência praticada pelos criminosos. No filme é possível identificar que a segurança publica é uma política social visualizada como negócio para alguns policiais que recebem propina para cuidar da segurança de estabelecimentos. Toda a corrupção e violência mostrada no filme atingem a política e a sociedade de um país porque podemos dizer que o futuro da nação está nas mãos de quem elegemos nas eleições. Somos nós os responsáveis por quem está no poder. As campanhas eleitorais são a arma e o voto do povo a munição. E é baseado nessa premissa que o roteirista Bráulio Mantovani cria uma história que apesar de “fictícia” é a mais pura realidade num país como o nosso que é cheio de corrupção. Tropa de Elite 2 não é apenas polícia e traficantes (como no primeiro). Desta vez, como diria o próprio “coronel” Nascimento: “o buraco é mais embaixo”. Nesta segunda parte o roteiro explora quatro elementos: política, polícia, criminalidade e imprensa. Assim, como os políticos a polícia também se torna corrupta e acaba sendo pior que os bandidos. Isso influencia um país porque as bases políticas "aliviam" para policiais corruptos, que praticam por intermédio das chamadas Milícias extorsão nua e crua contra moradores de bem, que são obrigados a pagar pra ser protegidos da própria Polícia. Ao mesmo tempo essa Milícia extorque também do outro lado do muro. Toma dinheiro dos traficantes, em troca, "afrouxando" a vigilância para que o tráfico possa prosperar. Quanto mais tráfico, mais dinheiro na mão dos policiais corruptos. Pra ganharem votos, fazem de tudo e como mandam na polícia, a usam para corromper as pessoas e dar fim a quem aparecer no caminho na tentativa de confrontar o “sistema”. Forma-se um ciclo: Quanto mais esses "bandidos"