Resenha do filme "Sem Proteção"
No mundo onde vivemos, a maior preocupação do jornalista é ser o primeiro a informar, a ter a melhor história, e vale passar por cima de tudo isso para que consiga. Esse é o principal erro de milhares de jornalistas, que com essa “pressa” podem acabar com a sua credibilidade, e até com a resolução de uma investigação.
Durante todo o desenrolar do filme “Sem proteção”, o jornalista Shepard vive o maior dilema ético vivido pelos jornalistas, que se mostram mais sedentos por furos de reportagens, do que em checar todos os aspectos da notícia. O personagem tem a atitude exigida pelo mercado no início do filme. Quando desafiado pelo chefe, ele vai atrás e usa o que tem para encontrar uma exclusiva. E ele consegue descobrir a verdadeira identidade do personagem Nicholas Sloan, e em questão de minutos a notícia está em todos os veículos de comunicação.
Mas para descobrir isto, ele coloca em risco seu próprio emprego e várias pessoas inocentes que podem ser afetadas. Bem Shepard não mede as consequências de seus atos para conseguir o seu furo de reportagem. Ele usa do acesso à dados sigilosos, chantageia e “usa” as fontes para o seu “sucesso profissional”.
No início da história, Shepard publicou a matéria na pressa, sem ter verificado o que estava falando, apenas na ânsia de conseguir algo exclusivo. E isso desencadeia diversas consequências. Porém, isto faz com que ele se aproxime das fontes, tenha conhecimento e consiga ver mais a história por trás do que ele está tentando desvendar.
O jornalista demonstra um amadurecimento durante o filme, porém ele comete outro erro que é o de criar uma aproximação forte com as fontes, isto o faz ter uma percepção diferente sobre o todo e afeta suas decisões posteriores.
Mas estamos falando de um filme, aonde nos últimos minutos o “verdadeiro vilão” resolve se entregar para salvar o