Resenha do filme pompeia
Pompeia - FotoO diretor Paul W.S. Anderson parece se divertir muito com a câmera e com o potencial desta trama. Aliás, vale dizer que a história da cidade italiana e do vulcão Vesúvio é mero pano de fundo para o diretor massacrar uma população inteira em menos de duas horas. O título também poderia ser "Um milhão de maneiras de morrer em Pompeia": Anderson cria mortes por espada, correntes, asfixia, lava de vulcão, maremoto, esmagamento, apedrejamento... Tudo isso com o prazer de uma criança que brinca com bonecos e sonha com a destruição massiva de cenários imaginários.
Este espetáculo sádico é filmado com vigor: o diretor usa e abusa dos planos aéreos, das imagens de prédios rachando e desabando, e chega a colocar a sua câmera no ponto de vista das bolas de fogo cuspidas pelo vulcão. As diversas cenas de ação, que se sucedem sem tempos mortos no roteiro, são costuradas por uma montagem veloz e apresentam uma quantidade generosa de efeitos sonoros. Em um empolgante momento de combate (a cena do "massacre" dos gladiadores), a direção de som sobrepõe os ruídos das espadas aos gemidos dos atores, a ovação da plateia, o ruído do fogo no vulcão, o barulho da lâmina penetrando a carne dos combatentes e uma insistente percussão na trilha sonora. Tudo é exagerado, mas feito de modo a imprimir um ritmo intenso e eficaz.
Pompeia - Foto