Resenha do filme "odisséia"

Resenha do filme “Odisséia”

O filme “A Odisséia” foi baseado num poema épico homônimo atribuído a Homero, o genial poeta grego da antiguidade, que tudo indica ser uma continuação de outro poema dele, a Ilíada. O poema foi escrito provavelmente no final do século VIII a.C., em algum lugar da Jônia, na Ásia Menor (atualmente, Turquia), controlada pelos gregos.
Como no poema original, o filme relata o regresso do herói da Guerra de Tróia, Odisseu (Ulisses para a mitologia romana), à sua cidade natal Ítaca, onde havia deixado a esposa Pénelope, o filho Telêmaco que ele mal chegara a conhecer, a mãe Antícléia, e todos os seus vizinhos. Esse retorno tardio à sua pátria, vinte longos anos após ter partido de lá – a Guerra de Tróia levou dez anos para encerrar e Odisseu precisou de outros dez para achar o caminho de volta para casa – foi motivada por uma maldição lançada pelos deuses em represália ao genial invento do Cavalo de Tróia com que Odisseu acabou derrotando os troianos após destruir a acrópole sagrada daquela cidade-estado. Furiosos, os deuses o castigaram fazendo-o vagar, sem rumo, por “mares nunca dantes navegados” como diria Luís de Camões (Os Lusíadas). Em sua viagem de retorno à pátria, Odisseu e seus amigos são ajudados por alguns deuses como Atena, Éolo, Calipso, Hermes, e mortais como Tiréscias, Menelau, Álcino e outros. Mas têm que passar por perigos inimagináveis até que, finalmente, cheguem a Ítaca. E mesmo lá, ainda precisam travar batalha contra os poderosos da cidade que querem tomar seu reino e sua mulher. Finalmente, o herói volta pra casa, derrota os inimigos e retoma sua família.
O filme se mostra fiel ao poema, evidentemente, com a licença artística do qual estão imbuídas as adaptações cinematográficas de obras literárias, no que tange a imprimir mais ênfase sobre o amor incondicional de Odisseu por Penélope, que rende algumas boas cenas da mais tórrida paixão unilateral à distância. Carregado de dramaticidade e emoção, A Odisséia tem como