Resenha do filme: muita terra para pouco índio
No vídeo é discutida a questão da demarcação de terras para os indígenas. A questão mais levantada é o porque de tanta terra para pouco índio. Jorge Terena afirma que a questão da demarcação dessas terras ocorre por que, em alguns locais ocupados pelos índios, há um interesse do governo naquela área. Seja pela exploração de madeira, pela garimpagem ou mineração.
Haviam dois modelos de demarcação das terras indígenas: um que visava, diretamente, a moradia desses povos, naqueles pequenos locais e outro, de proporções territoriais maiores, com grandes parques nacionais, onde as populações indígenas poderiam se manter relativamente intocáveis. Hoje essa demarcação visa também um desenvolvimento sustentável. Leva em consideração a relação dessas populações com a natureza de modo abrangente, ou melhor, a relação homem/natureza. Dessa forma, os territórios indígenas se tornaram unidades de preservação ambiental essenciais para a sociedade atual.
Essas demarcações não são, exatamente, “justas”. São territórios pequenos, onde cada família tem menos de um hectare pra construir sua moradia. As populações de algumas dessas terras demarcadas ficam “espremidas”, “prensadas” umas nas outras dentro desses territórios concedidos. Em alguns acampamentos indígenas, mesmo as moradias tem condições precárias; casas que parecem que vão cair; falta de alimento dentre outros. No caso, não seria muita terra para pouco índio, mas sim, muito índio para pouca terra.
Há críticas em relação ao apoio governamental em todo o território. Invasões das áreas indígenas, educação e saúde precária e pouca renda para os órgãos de apoio ao indígena. A luta não é apenas para a demarcação de terras, mas sim para que essas terras demarcadas possam sustentar essas populações, na sua forma de conviver com ela, além de preservar sua cultura naquele local, pois, aquela terra possui uma história, onde automaticamente, há a presença forte de uma cultura- indígena.
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