Resenha do filme Koyaanisgatsi

Tomando com ponto de partida o filme Koyaanisgatsi “uma vida fora de equilíbrio”, percebe-se quão grande foi a influência do sistema capitalista, na relação tempo – espaço dentro da civilização, principalmente nas mudanças físicas e comportamentais; mudanças essa que tiveram suas causas em grande parte pelo advento da industrialização, mecanização e desenvolvimento de novas tecnologias, patrocinadas pelo capitalismo, como o fim de produzir mais excedente de capital, para alcançar suas ambições, o sistema capitalista é capaz em um curto espaço de tempo, de implementar novas formas organizacionais que se adéqüem a um sistema político e econômico mas satisfatório às aspirações da burguesia, como explica David Harvey “a transição para a acumulação flexível foi feita em partes por meio da rápida implantação de novas formas organizacionais e de novas tecnologias produtivas”. (Harvey).
Como nos textos de Harvey, Ruy Moreira e Milton Santos, o filme Koyaanisgatsi também revela uma aceleridade nos meios de produção, e como as coisas se tornam tão descartáveis. No filme vê-se de forma mais clara edifícios velhos dando lugar a novas construções que melhores se insiram nos novos padrões de vida determinado pelo capital. A aceleridade de se consumir tornam os produtos descartáveis muito mais rápido; tanto os produtos matérias como tendências ideológicas nascem com seu prazo de validade pré determinados. No filme percebe-se que as pessoas não se dão conta de como o sistema em que vivem estar se desenrolando, elas vivem suas vidas, trabalham se alimentam e se entretém, mas transparece que elas foram inseridas naquele contexto de forma natural, o que não é verdade, pois prestando-se atenção o filme traz um resumo histórico dessa configuração capitalista, é como se tudo fosse forjado artificialmente, ou seja uma cultura e identidade capitalista volátil que em pouco tempo pode receber outra configuração como cita Harvey “Dominar ou intervir ativamente na produção da