Resenha do filme Janela da alma

Título: Janela da alma
Subtítulo: Diferentes formas de ver o mundo
Documentário: Janela da alma, João Jardim e Walter Carvalho. O documentário “Janela da alma” aborda a visão de uma forma subjetiva, atribuindo a ela os diferentes sentidos de interpretação da realidade de cada um, e a forma como cada pessoa lida com isso está relacionada com suas experiências de vida, percepções e as demais influencias presentes no cotidiano. A interpretação do que vê também está fortemente ligada aos sentimentos e demais sentidos, que juntos vão proporcionar reações e opiniões diferentes entre as pessoas a cerca daquilo que está em volta, e por isso pode se dizer que o fato enxergar não garante o discernimento mas sim interpretações convenientes de acordo com a necessidade de cada um ou ainda com manipuladas pelo emissor afim de priorizar seu ponto de vista, como por exemplo as imagens de outdoors são feitas de modo a tentar persuadir as pessoas a comprarem algo. O documentário apresenta depoimentos de pessoas com um grau de miopia ou até totalmente cegas que tem opiniões que foram formadas a partir dos outros sentidos e vivencias e percepções bem diferentes e complexas das pessoas que enxergam, como po exemplo o homem que mesmo sem enxergar, consegue imaginar o corpo feminino através do tato. A evidência de que a visão é apenas um detalhe para se enxergar o mundo está explicita no documentário no momento em que mostra o fotógrafo cego, ou o artesão cego, cujas habilidade estão associadas à sensibilidade e o desenvolvimento dos outros sentidos. Alguns depoimentos como o da cineasta franco-belga, Agnes Varda diz que sua visão é alterada por sentimentos fortes, e há uma grande diferença entre o reconhecimento visual e o emocional, por exemplo como o fato de odiar uma pessoa ressalta os todos os defeitos de tal pessoa, o outro cineasta Win Wenders relata sua experiência quando trocou os óculos pela lente de contato, que sentiu um grande incômodo, pela ausência do