Resenha do filme "Giordano Bruno"
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE HISTÓRIA– VI SEMESTRE
DISCIPLINA: TÓPICOS DE HISTÓRIA DAS RELIGIÕES DO
MUNDO MODERNO I
DOCENTE: GRAYCE SOUZA
DISCENTE: GLAUBER LEAL
PERIODO: 2011.1
COMENTÁRIO DO FILME GIORDANO BRUNO
O longa-metragem Giordano Bruno (1973) é uma produção franco-italiana assinada pelo diretor e roteirista Giuliano Montaldo, de Marco Polo (1982) e O Crocodilo (2006). O filme também conta com a fotografia do ilustre Vittorio Storaro que também participou das filmagens de
Apocalypse Now (1979), O Último Imperador (1987) e Dick Tracy (1990), trabalhos que lhe renderam três Oscars de melhor fotografia. Em Giordano Bruno, Storato atende as expectativas.
Desde as primeiras cenas consegue boas tomadas pelas ruas de Veneza durante uma procissão. Seus tons em cinza destacam os momentos mais tensos, como no diálogo entre Bruno (Gian Maria
Volonté) e Tragagliolo (Renato Scarpa), em outras cenas o vermelho-púrpura dos cardeais fixa e relembra a simbologia da cor do poder.
A história conta o processo inquisitorial contra um dos pensadores humanistas mais importantes da renascença, Giordano Bruno. Natural de Nola, cidade próxima a Nápoles, Bruno nasce em 1548 e aos 17 anos tornou-se clérigo no convento de S. Domingos, onde estudou profundamente a filosofia de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, doutorando-se em teologia no ano de 1575. Não tarda muito até que entre em conflito com os dogmas da Igreja ao ponto de ser perseguido como herege, o que o leva a abandonar a batina e sair em peregrinação pela Europa.
Esteve em Genebra, onde teve uma aproximação efêmera com o calvinismo, passando também por
Toulouse, Paris e Londres, onde viveu dois anos (1583 a 1585). Publicou vários livros divulgando seu pensamento. Acredita que a terra gira em torno do sol, habitando, junto a outros astros, um universo infinito. Supera, neste sentindo, a teoria heliocentrista de Copérnico, que concebia o Sol