RESENHA DO FILME GIORDANO BRUNO (1973)

O filme "Giordano Bruno" de 1973 dirigido por Giuliano Montaldo retrata os últimos momentos da vida do escritor e filósofo de Nola, Itália. No filme é reconstruído o ambiente do Renascimento italiano no século XVI. Inicia-se com uma procissão em Veneza, na qual o protagonista, se reencontra com um companheiro de convento, Frei Domenico, e com este, tem um diálogo no qual expõe suas criticas à Igreja Católica, como as mortes causadas pela Santa Inquisição, e é concomiantemente alertado quanto aos perigos de seu retorno à Itália. Ao mesmo tempo, Frei Domenico transparece o seu desconforto quanto ao seu reencontro com o filósofo,uma vez que este já havia sido abordado devido às críticas contidas em seus livros à Igreja.
Depois o filósofo aparece em uma festa da nobreza veneziana, na qual é exposto quanto a sua possível prática de magia, quando questionado por Fosca, amante de Morosini e ainda, e expõe a partir momentos íntimos com ela. Após numa discussão com um grupo de pessoas, o filósofo demonstra e exemplifica sua teoria quanto a pensar por associações, utilizando-se correspondências entre o mundo vegetal, animal e humano. O filósofo faz comparações entre as feições humanas e dos animais. Além disso evidencia que a percepção de Deus não depende das orientações da Igreja, mas do nosso próprio pensamento.
A filosofia não é conveniente, diz-se que apesar de não possui nada, é dono do prórpio destino. Mocenigo afirma que a virtude da qual Bruno fala nasce da fé e não da filosofia, entretanto, este o contradiz e fala dos dogmas pregados pela Igreja, para que "renunciem à razão, apague a luz ofuscante da inteligência que inflama e consome porque quanto mais souber, mais sofrerá; renuncie aos sentidos, viva como prisoneiro da Santa Sé, viva como gado". O filósofo afirma que vive dessa forma é estar morto. Todos os homens são iguais e têm o direito de levantar a cabeça para o céu onde encontra-se o sol da verdade, no ponto mais alto. Giordano afirma o Cosmo é uno,