resenha do Filme Escritores da Liberdade
Abordando vários desafios com os quais muitos professores enfrentam no dia-dia escolar, o Filme Escritores da Liberdade ajuda a refletir sobre o papel do professor como agente ativo na promoção de mudanças na vida de seus alunos e da sociedade, ao retratar a história da inexperiente professora Erin Gruwell ao lecionar a uma turma tida como alunos-problema- um grupo de origens étnicas diversificadas, em sua maioria provenientes de famílias desestruturadas, envolvidos no mundo do crime e com pouco interesse pela escola. Tal diversidade étnica e cultural, envolvida por estereótipos que os alunos colocavam ao outro que era considerado distinto de seu grupo, provocou inúmeros conflitos dentro e fora da sala de aula. Indivíduos que ao longo do tempo, internalizaram- em parte por fruto da deficiência da educação recebida- o desrespeito ao professor e o desinteresse pela escola, expressos na fala da aluna Eva que afirmou estar ali por ser obrigada ou teria de ir para um reformatório e seu questionamento sobre qual diferença faria em sua vida o que lhes era ensinado na escola, vendo-a como um espaço de segregação e imposição de conhecimentos e valores que não eram os seus. Além disso, a história de vida de cada um deles, não os fazia acreditarem em si mesmos, como na sena em que o aluno atribui a si mesmo a nota zero. Aliado a tudo isso, Gruwell ainda enfrentava a pressão de familiares que não acreditavam em sua profissão e na sua capacidade de incutir atitudes positivas naqueles alunos. Mesmo colegas de trabalho que, não apenas a subestimam, como também a capacidade daqueles alunos, não oferecendo-lhes nenhum suporte, mostrando que , para alguns, a integração social e educativa não passa de demagogia. Gruwell lança mão de algumas estratégias importantíssimas para o sucesso em sala- ela adaptou o seu plano de aula à turma, fazendo uso de música e poesia- não obtendo êxito, ainda assim ela segue em frente.