Resenha do filme doze homens e uma setença
Nesse filme, que se passa inteiramente no interior da sala do júri de um Tribunal americano, na cidade de Nova York, podemos observar como as Funções Mentais e os Mecanismos de Defesa dos envolvidos em um julgamento, são fundamentais para a decisão final. O filme acompanha um júri composto de doze homens que devem julgar um jovem acusado de ter assassinado seu próprio pai. Para o veredicto final, a votação tem que ser unânime e, se for considerado culpado, a lei determina para estes casos que o réu seja condenado à morte.
Os jurados só deveriam condenar ou absolver o réu quando tivessem certeza do veredicto e, em caso de dúvida ou discordância quanto a sua culpa ou inocência, deveria se utilizar do bom senso e fazer com que prevalecesse a inocência, até que existisse unanimidade de veredictos entre todos os doze jurados. Rapidamente, onze dos jurados votam pela condenação. Um deles – o arquiteto Davis, interpretado por Henry Fonda, o 8º jurado – é o único que quer discutir um pouco mais antes de dar a decisão final. Afinal, estavam decidindo se uma pessoa, um jovem, viveria ou morreria. Este jurado faz questão de salientar que ele não tinha certeza da inocência do réu; mas que também não estava convicto quanto a sua culpa, pelo assassinato do seu próprio pai. Sugere então uma discussão acerca da “dúvida razoável” que ainda possui.
Enquanto Davis tenta convencer os demais jurados , o filme vai revelando a característica de cada um – o estilo e a história de vida, as atividades, as motivações e a influência no grupo – mostrando o que os levou a tentar considerar o jovem como culpado e a desvelar os seus próprios (pre)conceitos.