Resenha do Filme/Documentário Sicko S.O.S. Saúde
Ádamo Ricardo
VITÓRIA-ES
2014
No documentário Sicko(2007), do premiado cineasta Michael Moore, trata sobre as desigualdades do sistema de saúde norte-americano e de como a população é afetada por ele.
O título é uma referência ao termo sick, que quer dizer "doente" esse documentário trabalha a saúde por sua contradição, a doença, sobretudo não os suas questões biológicos e sim sociais e éticas. Leva em consideração aspectos de seguridade social e saúde nos Estados Unidos revelando as disparidades entre a riqueza do país e má qualidade de vida decorrente da falta de organização dos setores de assistência médica pública e privada, na lógica capitalista de manutenção dos lucros das seguradoras de saúde.
Criou-se um mito de que um sistema de saúde igualitário e gratuito seria um sistema de bases comunistas, em que os profissionais de saúde são mal remunerados e a meritocracia é desprezada em favor dos indolentes. Este pensamento foi tão bem difundido que alguns poucos políticos que manifestaram interesse em reformar o sistema de saúde, foram forçados a abandonar essa ideia, temendo que esta empreitada lhe rendessem perdas em sua imagem política.
Entretanto o documentarista demonstra a viabilidade de um sistema público de saúde gratuito mesmo em países de economia liberal. Como Inglaterra, França e Canadá. Esta analise comparativa é ainda mais ousada, quando Moore organiza uma expedição a Cuba que leva alguns profissionais, bombeiros e outros “heróis” que mesmo participando do salvamento das vítimas do atentado de 11de setembro, não receberam apoio do sistema de saúde estadunidense. E que para surpresa de muitos, recebem tratamento médico profissional cubano a custo zero e encontram a medicação que necessitam para o tratamento a preços quase simbólicos. Se Cuba, um país de economia frágil, abaldo por embargos internacionais,