Resenha do filme- Desmundo
O filme se passa no ano de 1570, época da colonização e do desbravamento. A época é de sérios conflitos, pois mostra a realidade dos índios sendo explorados para trabalharem nos engenhos, a submissão que as mulheres eram tratadas, o comportamento opressor dos catequistas impondo o seu modo de vida e a religião aos indígenas. Os negros eram tratados como coisa, os índios como sub-humanos e as mulheres como objetos que deveriam obedecer a seus maridos e servi-lhes de todas as formas que eram impostas.
Conta à vinda de órfãs portuguesas ao país para se casarem com colonizadores que aqui viviam, ressaltando a partir daí que havia uma preocupação por meio da Coroa para que não houvesse uma mistura de raça, ou seja, para que os colonizadores não se envolvessem com as índias para não nascerem filhos mestiços e também para que não houvesse mais relacionamentos incestuosos e relações com outros homens.
Uma dessas órfãs é Oribela que é protagonista, e se mostra extremamente religiosa e não gosta da situação que lhes é imposta. Mas mesmo assim é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque um homem rude e sem escrúpulos. Depois que se casa ela pede um tempo para que pudesse cumprir com suas obrigações de esposa tendo, portanto, o pedido negado e sendo quase violentada pelo próprio marido. Tendo em vista isso e os outros atos do marido e da sogra a jovem começa a querer fugir para sua terra natal.
Na sua primeira tentativa o marido a localiza e depois de levá-la para casa a acorrenta e a agride para que ela não faça mais aquilo. Aos poucos, Oribela consegue reaver a confiança de seu marido, começa a perceber e se relacionar com seus parentes.