Resenha do documentário - morrendo para contar história

O poder que as imagens possuem atualmente em nossa sociedade é algo incontestável. O valor que uma fotografia tem sobre acontecimentos, sejam eles corriqueiros ou históricos, é relevante ao ponto de uma imagem valer mais do que palavras. E diante deste contexto, existem pessoas dispostas a arriscarem suas próprias vidas a troco de conseguir capturar a imagem perfeita, que transmite o momento de forma clara e com sua respectiva emoção. O documentário “Morrendo para contar história” revela através de depoimentos e imagens arrepiantes, o cotidiano de fotojornalistas que corajosamente fazem a cobertura de conflitos e guerras. É incrível, e para muitos até insano, o amor e devoção que estes tem à profissão, visto que podem a qualquer momento morrerem para contar e fazer história. Mas o que leva jornalistas e fotojornalistas a arriscarem suas vidas a este ponto?
O documentário, produzido por Amy Eldon, visa descobrir possíveis respostas esta pergunta e entender o que motiva o espírito destes profissionais. A cineasta, profundamente abalada com a morte de seu irmão Dan Eldon, morto aos 22 anos cobrindo uma guerra na Somália para a agência Reuters, foi atrás daquilo que estimulou seu irmão e que até hoje move diversas pessoas ao redor do mundo a seguir com este ofício tão instigante quanto perigoso.
O filme parte de três eixos narrativos que aliados e intercalados dão origem a uma comovente obra, que prende o espectador até o final e o faz refletir a cerca desta profissão fascinante. O primeiro deles é a narração da própria Amy, expondo seus pensamentos, suas lembranças, planos e objetivos, os quais revelam ao público uma espécie de roteiro fílmico. Paralelamente são exibidas imagens do diário pessoal de Dan, mostrando suas fotos que eram artisticamente trabalhadas, apresentando o visível dom e sensibilidade que o jovem possuía para a arte, ao mesmo tempo em que uma voz narra seus escritos e anotações. O terceiro eixo é feito através de depoimentos de fotojornalistas,