Resenha do capitães da areia
A história se passa na Bahia, como muitos dos contos de Jorge Amado. Conta sobre um grupo de meninos órfãos que sobreviviam de pequenos furtos e roubos. Vivem em uma espécie de armazém velho e abandonado à beira do cais, os garotos do bando liderados por Pedro Bala, o “capitão”. Sempre fogem de reformatórios e de policiais por que pensavam ser mal tratados e ficariam sem liberdade se eles aceitassem se submeter as “regras” da sociedade. Mesmo muitas vezes demonstrando carência os meninos não aceitavam a vida em um orfanato, ou em família, pelo valor que a liberdade exercia sobre suas mentes. Mesmo crianças passavam dificuldades e lidavam com o sofrimento em seu dia-a-dia. “Pedro Bala sentiu uma onda dentro de si. Os pobres não tinham nada. O padre José Pedro dizia que os pobres um dia iriam para o reino dos céus, onde Deus seria igual para todos. Mas a razão jovem de Pedro Bala não achava justiça naquilo. No reino do céu seriam iguais. Mas já tinham sido desiguais na terra, a balança pendia sempre para um lado.”
O livro é descrito em tempo cronológico, embora marcado por lembranças de acontecimentos descritos pelos personagens. O fim se da pelo destino de cada personagem, onde o personagem principal toma consciência das injustiças sociais, luta ao lado dos grevistas,