Resenha do Capitulo V da Obra: O Arcaísmo como Projeto
Autor: João Fragoso e Manolo Florentino
Barbara M. Nunes 02/09/2013
Dentre os principais modelos explicativos da economia colonial é possível perceber a existência de uma estrutura produtiva colonial criada para deslocar os excedentes para Europa obtidos pelas grandes propriedades fundiárias de monoculturas e escravistas, sendo que a obtenção desse objetivo implicava a emergência de um sistema cujo o Funcionamento se identificava com a renovação temporal de uma hierarquia diferenciada e excludente. Os autores fazem uma equiparação do modelo adotado pela Jamaica e pelo Brasil na montagem e no funcionamento do escravismo exportador, fundando uma sociedade desigual, mas as diferenças sobressaem quando verifica-se como se deu a colonização desses países pelas metrópoles de naturezas diferentes, no caso Inglaterra e Portugal. No tocante a Inglaterra existia um conjunto de transformações sendo aplicados as suas colônias, que ao invés de tentar manter a velha ordem, procurava elaborar um novo, ou seja, a colonização das Antilhas paras Inglaterra e a criação de uma estrutura firmada na radical exclusão social avocava feições de mais de um dos inúmeros instrumentos de transformação da própria sociedade inglesa. No que diz respeito ao modelo português esse era totalmente diferenciado, para os portugueses o seu modelo de colonização e a montagem de estruturas hierarquizadas e totalmente excludentes nas suas colônias era a clara reprodução e a preservação do antigo modelo metropolitano, sendo assim, essa colonização não deveria produzir novos grupos ou frações sociais que estivessem fora do controle das forças do Antigo Regime, sendo a sua preocupação constante a manutenção de uma sociedade estamental do que a sua superação. A sociedade portuguesa era predominantemente arcaica, graças a execução de um projeto aparentemente assumido, na qual a aristocracia e seus sócios estavam a frente (mercadores