Resenha do cap.5 do livro Sobre o pensamento antropológico de Roberto Cardoso de Oliveira
Resenha
O autor inicia o texto nos apresentando um questionamento, similar ao de Heidegger na filosofia, que constituirá todo o sentido da discussão porvir, relativa ao ser da Antropologia em âmbito cultura e social.
Em abril de 84 em uma conferencia proferida na 14ª Reunião Brasileira de Antropologia, Roberto Cardoso de Oliveira apresenta uma discussão sobre a origem da disciplina de antropologia e o cenário das tensões vivenciadas nos espaços europeus e norte-americanos. O autor toca nas rupturas que foram se processando a partir dos entraves entre as diversas “modalidades cognitivas” próprias de sua formação e observadas no interior das “ tradições centrais” do pensamento ocidental. O Cardoso de Oliveira retoma assim tal ocasião, no 1° capitulo de sua obra, intencionando abrir caminhos para se falar sobre a antropologia brasileira e sua formação, tomando a ideia de se pensar o universal em suas formas primeiras e suas matrizes tradicionais como indispensáveis, pois é dos modelos antropológicos tradicionais que a antropologia brasileira vai perfazendo seu caminho próprio. Entre reconfigurações advindas do encontro dos pensamentos primordiais das tradições intelectuais da antropologia e as demandas próprias de sua realidade, com o passar dos anos, ganha corpo no cenário nacional e internacional. O autor pensa essas matrizes tradicionais a partir da combinação de dois procedimentos, onde o primeiro se constitui na formação de uma estrutura matriarcal da disciplina por meio do cruzamento das tradições intelectualista e empirista, com tendências da disciplina que estivessem assinaladas uma pela neutralização do tempo, tempo histórico, (sincronia) e outras pela consideração do tempo histórico como uma dimensão fundamental de seu modo de apreensão (diacronia), buscando em cada uma delas seus respectivos paradigmas. Assim, no