Resenha do Artigo Robotica Pedagogica
Este artigo apresenta a proposta da robótica pedagógica livre na sua prática coletiva de ensino-aprendizagem, em que todos trocam e produzem conhecimento na utilização de uma prática pautada na liberdade, demonstrando que o conhecimento produzido pela humanidade deve ser compartilhado por todos, sem que seja visto como propriedade particular.
A prática das oficinas de robótica pedagógica livre, é um convite para um ensino aprendizagem pautado no instigar da criatividade, é um espaço de compartilhamento, de brincadeira. Desde que nascemos, brincamos; ao crescermos e apoderarmos dos brinquedos e começamos a utilizar a imaginação, o que nos leva a entender o mundo por vários ângulos. Marina Machado diz que “brincando, [a criança] aprende a linguagem dos símbolos e entra no espaço original de todas as atividades sócio-criativo-culturais” (MACHADO, 2003, p. 26).
Por outro lado, junto com o brincante estão outros brincantes, que, juntos, brincam e trocam experiências, confrontando o outro, chorando e alegrando-se com ele, e com ele aprendendo, com ele solidarizando-se, e fazendo descobertas. O ato de brincar, afinal, propicia um encontro de seres humanos que crescem juntos, aprendem a se verem como indivíduos e como parte de um todo que chamamos sociedade, e essa é uma das propostas das oficinas de robótica pedagógica livre, quando essa promove o trabalho colaborativo. Assim os brincantes unem as peças, planejam, sonham juntos, experimentam seus brinquedos, num espaço onde não há vencedores, porque cada um contribui como pôde para a realização do artefato.
Na procura de respostas, encontramos um breve caminho no passado que podemos trilhar a partir do século XVII, o século das luzes. Momento influenciado pela idéia de Descartes a qual pensar estava ligado à própria existência. “Penso, logo existo”. O sujeito passa a ter seu valor inestimável,