Resenha do artigo: gravidez após a cirurgia bariátrica. femina, curitiba, vol.35, n.4, p. 239-248, 2007.

KONDO, W. et al. Gravidez após a cirurgia bariátrica. Femina, Curitiba, vol.35, n.4, p. 239-248, 2007.

Destaca a cronicidade da obesidade e a importância dos tratamentos clínicos para perda de peso, sendo que a cirurgia é indicada para pacientes com obesidade mórbida que não respondem a tentativas anteriores de redução do IMC. A mulher com obesidade mórbida apresenta dificuldades para engravidar devido às disfunções hormonais. Alem disso a mulher que consegue engravidar tem maiores propensão de adquirir hipertensão arterial, diabetes e em alguns casos má formação fetal. A grande quantidade de tecido adiposo dificulta também o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento fetal. Entendendo que a obesidade mórbida altera o metabolismo e as funções dos hormônios sexuais, fica evidenciado que após a cirurgia bariátrica a paciente terá a produção hormonal diminuída e até normalizada, facilitando assim a ovulação, aumentando a possibilidade de engravidar. Porém, devido algumas disfunções que determinados tipos de cirurgia acarretam, é necessário que as mulheres tomem anticoncepcionais logo após a cirurgia, pois segundo a maioria dos autores é importante que se aguarde entre 12 a 18 meses após a cirurgia para engravidar, evitando assim a má formação nutricional do bebê e também o déficit da mãe. O acompanhamento pré-natal é essencial para a paciente que engravida após a cirurgia bariátrica, sendo que será necessário o acompanhamento de uma equipe multiprofissional a fim de adequar a dieta as necessidades da paciente e do bebê. A paciente tem que se preocupar com a ingestão calórica e nutricional adequadas, além de reposição de complementos básicos para o desenvolvimento fetal. Sendo assim, o planejamento e o correto acompanhamento na gestação garantem o sucesso da gravidez da paciente pós-cirurgia