Resenha do artigo: Da abordagem de sistemas abertos à complexidade: uma atualização
Neste artigo a autora trabalha a ideia de que as metáforas podem nos ajudar a entender uma série de coisas; neste caso, ela apresenta alguns conceitos biológicos para nos explicar a teoria de sistemas abertos. A homeostase e a entropia, por exemplo, explicam que um sistema tende a auto-regulação para manter-se estável, e que sistemas fechados tendem a desaparecer, respectivamente. Essa alusão pode ser interpretada do ponto de vista dos sistemas abertos. É nessa linha de pensamento que a autora expõe que mesmo as estruturas sociais seguem uma linha sistêmica parecida com o que acontece na natureza. E esses padrões estão sujeitos a variações de todos os tipos, dependendo das mudanças de valores e expectativas, e das regras impostas.
A autora também nos traz uma análise de como a cibernética contribui para a integração e o equilíbrio dos sistemas. Esta tem a função de perceber, monitorar, decompor aspectos significativos do seu ambiente, de relacionar as informações com as normas, e assim organizar os sistemas.
Ainda fazendo essa alusão do sistema dos seres vivos com os sistemas administrativos, a autora nos apresenta o conceito de autopoiese, que é a capacidade dos seres vivos se autoproduzirem. A partir disso, pode-se perceber esse mecanismo biológico como organizações fechadas, que dependem apenas de si mesmos.
Então, por fim, chegamos a teoria da complexidade, e alguns paradigmas que decorrem da gestão desse sistema são as máximas de que o ideal é não planejar, mas estimular a auto-organização; não predizer o futuro, mas criar o futuro; e que a força de uma organização não está no coletivo, mas na capacidade individual de produzir coerência. Essas são algumas estratégias desta teoria, que se correlacionam com os conceitos biológicos apresentados.
Pode-se concluir que o indivíduo está em constante mutação de ideias e concepções, e que os sistemas evoluem e se modificam