RESENHA dissertativa
DESENVOLVIMENTO
Iniciarei minha argumentação sobre o referido trabalho literário do autor Adriano Filho, onde nos mostra através de uma visão teológica do fator econômico o texto de Apocalipse 18 ao catalogá-lo como pecado e sujeito ao juízo de Deus. A economia vivenciada neste período é pecaminosa ao acarretar miséria para muitos. A vida humana sem valor no mundo atual, torna-se uma referência a partir do qual entenderemos os efeitos que as formas e mutações do poder econômico assumem. Também estamos neste período diante de “uma situação pecaminosa, injusta, que não passa despercebida aos olhos de Deus, nem é algo pelo qual Ele possa ficar desinteressado”. O poderio do sistema econômico-político vigente constitui o núcleo de uma situação pecaminosa que está sujeita ao juízo de Deus.
Apocalipse 18 modela-se nos cânticos de vitória dos profetas do Antigo Testamento sobre as nações hostis dos seus tempos. Tão rememorativo destes é ele, que se pode dizer que resume todos os oráculos proféticos sobre a destruição dos povos injustos. As profecias contra Babilônia (Jeremias 50-51; Isaías 13-14; 23; 47) e Tiro (Ez 26-27) parecem ter estado especialmente na mente de João. Descreve-se a glória deste anjo em palavras empregadas por Ezequiel na descrição da chequiná que voltava para o templo restabelecido (Ez 43.2).
Uma característica marcante do Apocalipse de João, nos ressalta o autor Adriano Filho, é o uso de textos do Antigo Testamento por parte do Apóstolo, em especial os textos proféticos. Textos proféticos sobre a queda da Babilônia (Jeremias 50-51; Isaías 13-14; 23; 47) e os cânticos fúnebres sobre Tiro, que assinalam o contraste entre o brilho da cidade e sua devastação, seu passado glorioso e sua ruína presente (Ezequiel 26,15-18;