Resenha "direito à preguiça"
"O Direito à Preguiça" é uma crítica social atual, apesar de abordar o regime capitalista, e trata-se de um trabalho onde Lafargue exorta os trabalhadores a abandonar o vício do trabalho, e faz a defesa do direito à preguiça como o caminho certo para uma vida melhor com saúde e alegria por parte do trabalhador, já que numa época em que a revolução tecnológica, ao invés de gerar empregos como a revolução industrial o fez, gera o desemprego, substituindo milhares de trabalhadores por máquinas, fica difícil conciliar a necessidade do trabalho com a realidade. Nas campanhas presidenciais, as principais promessas geram em torno do emprego, que é a principal reivindicação da população em geral. Tudo isto acontece por que o homem não soube lidar com o desenvolvimento tecnológico, fazendo do trabalho um vício. Entretanto, não havia vantagem alguma de ver no excesso de trabalho um excelente aliado no combate aos vícios, até porque o lazer não tinha vez quando se trabalhava numa jornada de 12, 14 ou mais horas por dia, em péssimas condições e ao chegar tarde em casa só havia tempo para dormir e recomeçar toda a rotina no dia seguinte. A liberdade não tinha vez. Sendo assim, logo de inicio o autor destaca o direito à preguiça.
Aos poucos o mundo se expandiu, mas não à favor dos trabalhadores e é realizado um retrato duro e frio da realidade operária do século XIX e de suas impossibilidades de ser feliz, pois trabalhavam sob péssimas condições durante mais de doze horas por dia. Além das mortes prematuras e da superprodução de bens, esse modo de produção desenfreada gerou poluição, desgastes econômicos e políticos. É válido ressaltar que quando os europeus chegaram à América, chamaram os índios de preguiçosos, pois eles só trabalhavam 3 horas por dia. Acontece que durante estas poucas horas, os índios conseguiam produzir o alimento necessário para abastecer toda a tribo. Durante o resto do tempo o índio se dedicava às