Resenha depressão em adultos
CAP 05
(...).
Passamos a abordar os tratamentos biológicos para a depressão, com um enfoque sobre as influencias genéticas e biológicas na depressão, comparando, também, o tratamento medicamentoso com o psicossocial.
Pesquisas indicam que a genética contribui para a depressão, principalmente por meio da predisposição cerebral de algumas pessoas a reagirem com exagero, neuroquimicamente, ao estresse. Ainda, é provável que fatores relacionados à personalidade do indivíduo interajam com essa predisposição, levando à depressão. As mesmas pesquisas indicam, ainda, que quanto maior a semelhança genética entre duas pessoas, se uma delas é depressiva maior a chance de que ambas sejam depressivas.
Estudos demonstram que os neurônios transmitem informações entre si, por meio de liberação de substâncias químicas nos espaços que as separam, chamados de sinapses. Os mensageiros químicos transmitidos pelo neurônio transmissor (pré-sináptico) para o neurônio receptor (pós-sináptico) são chamados de neurotransmissores. Concluída a transmissão de informações, remanescem neurotransmissores no espaço entre os neurônios (sinapses), que são removidos pelo organismo. Boa parte deles são novamente absorvidos pelo neurônio transmissor (pré-sináptico), já os remanescentes são destruídos por enzimas. Bem, a teoria clássica da depressão afirma que a depressão é resultado de deficiências desses neurotransmissores no cérebro, dando origem à teoria do “desequilíbrio químico”. Assim, o tratamento desse desequilíbrio com drogas focaliza-se no aumento da presença desses neurotransmissores na sinapse, seja por meio do bloqueio da reabsorção dos neurotransmissores pelos neurônios, seja pela inibição das enzimas que destroem os neurotransmissores.
No entanto, análises recentes indicam que a depressão não pode ser explicada simplesmente em termos de uma causa biológica, devido à complexidade do transtorno, já que não há uma teoria coerente que explique