Resenha demandas sociais e história do tempo presente
A Historiadora Marieta de Moraes Ferreira em "Demandas sociais e história do tempo presente" esclarece a resistência que a história do tempo presente teve para ser aceita como objeto de pesquisa acadêmica e como esse tema desafia historiadores no contexto ético e político. A comunidade científica junto com a Anpuh (Associação Nacional dos Professores Universitários de História) pode se envolver diretamente no debate, se sim, deverá impor regras para nortear seu posicionamento, esse posicionamento corre o risco de deixar o historiador no papel de juiz da história. Para uma melhor análise, a cultura histórica de cada país e impactos sofridos por essas sociedades devem ser cautelosamente pesquisados. No Brasil foi instaurado a Comissão da Verdade pela Presidente Dilma Rousseff, a presidente afirmou que esse seria um dia histórico para o Brasil, a partir de 18 de novembro de 2011 o sigilo de documentos da ditadura militar acabaria, pois a Lei de Acesso a Informações Públicas entraria em vigor. Com a nova Lei a história do tempo presente ganha novo folego, esclarecendo muitos pontos implícitos da ditadura militar.
A autora argumenta que não é só no Brasil que há debates sobre o tempo presente, outros países também passam por situações semelhantes, são eventos traumáticos para a sociedade, violação dos direitos humanos, vigências de regimes autoritários e ditadura. Historiadores que trabalham com eventos tão recentes se veem com problemas de ordem metodológica e teórica, além de muitas vezes se encontrem no papel de juízes da história. No Século XX a história já começou a mostrar novos horizontes, com tantas guerras e conflitos a história do tempo presente foi sendo estimulada. E foi crescente a demanda social pelo conhecimento da história recente, levando profissionais da história a dar atenção a esse objeto de estudo. Um grande desafio a ser enfrentado era defender a legitimidade