Resenha de o capital, karl marx - capítulo i, a mercadoria.
RESENHA O CAPITAL, KARL MARX. CAPÍTULO I: A MERCADORIA.
Para Marx, a riqueza na sociedade capitalista apresenta-se como uma “imensa coleção de mercadorias”, a mercadoria é, portanto, forma elementar da sociedade burguesa moderna.
Marx nos explica no primeiro capítulo, que a mercadoria possui duplo fator: Valor de uso e Valor (ou substância do valor, grandeza do valor). E, antes de tudo, ela é um objeto externo, uma coisa, que tem por objetivo satisfazer necessidades humanas pelas suas propriedades, seja de qualquer espécie, do estômago ou da fantasia, são valores de uso, possuem utilidade.
O exame dos valores de uso pressupõe segundo Marx, sempre sua determinação quantitativa, como dúzia de relógios, vara de linho, tonelada de ferro etc. O que interessa é a utilidade desses elementos, pois, “é a utilidade de uma coisa que faz dela um valor de uso”, que se realiza no uso ou no consumo humano.
Importante compreender que o valor de uso é o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a formação social em que se viva. Desde que o homem passou a transformar a natureza, a partir da sua ação consciente, se produz valores de uso. A sociedade mais primitiva, na medida em que os seus habitantes trabalhavam, produzia valores de uso, tais como: machados, flechas etc. Uma coisa, portanto, pode ser útil e produto do trabalho humano, sem ser mercadoria, a exemplo do trigo produzido pelos camponeses na Idade Média que era entregue como tributo para o senhor feudal.
A peculiaridade da sociedade burguesa é que ao mesmo tempo, o conteúdo material da riqueza social é, portanto portador de valor de troca (onde valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra espécie, numa relação que muda constantemente no tempo e no