Resenha de "A Onda"

Um ensinamento por trás de um grande erro
O filme “A onda” é baseado em uma história real e retrata-se em uma escola da Alemanha. O cenário abordado faz referência direta ao fascismo implementado no país na época da Segunda Guerra Mundial.
Rainer Wegner, o professor da abordada escola, é instruído a ensinar seus alunos sobre autocracia logo no início do filme, a fim de mostrá-los as virtudes da democracia. Logo no início nos é mostrado que muitos jovens almejam um objetivo comum entre eles que os una, para que lutem em prol de um mesmo ideal e, em paralelo, há evidências de pessoas que se sentem excluídas do entrosamento social.
O sentido de autocracia vem do grego e significa auto governo; o indivíduo ou grupo no poder tem poder ilimitado para realizar aquilo que desejar, sem restrições, sem precisar do consentimento de outros membros ou, até mesmo, da massa popular. Assim, não há participação política dos governados, e estes não constituem uma força social capaz de limitar as ações e o poder político do líder.
Muitos dos alunos não sentem-se desconfortável com a abordagem do tema, pelo fato deste relembra-los o nazismo, onde a forma de governo era a autocracia. Mas ao mesmo tempo, relembrar isto é uma questão histórica e de responsabilidade, já que isto não poderia se repetir visto os danos causados pelo fascismo alemão.
Após expor os pontos fortes e negativos da autocracia, Rainer pergunta aos alunos se eles acreditavam ser possível, na Alemanha moderna, o surgimento de uma nova ditatura. Os alunos, convictos de que isso seria impossível, respondem que não e diante disto, o professor decide realizar o seu projeto de uma forma diferente da convencional, propondo mostrar na prática aos alunos os mecanismos de surgimento e fortalecimento de uma autocracia.
Os requisitos para que uma ditadura possa se desenvolver envolvem ideologia, controle, insatisfação, união e disciplina, como o professor diz: “disciplina é poder”. E, além disso, todo governo