Resenha de A Obsolescência Programada
O documentário traz alguns exemplos da obsolescência programada, que consiste basicamente em limitar a vida útil de produtos ou aparelhos de tal maneira que as pessoas venham a manter uma constante relação de consumo, tais como as impressoras da marca Epson, que possuem um chip programado para que quando chegar a uma determinada quantidade de páginas impressas, deixe de imprimir. Outro exemplo é a Dupont que descobriu uma fibra sintética, o nylon, usado por exemplo na fabricação de meia-calça para mulheres, mas teve que tornar o material menos resistente e duradouro para que continuasse havendo consumo. Teve também o caso das primeiras linhas do iPod, cuja bateria tinha a programação para durar aproximadamente 18 meses, incentivando a compra do aparelho por um novo.
O documentário ainda mostra que a obsolescência programada surge quase ao mesmo tempo em que a produção em massa e a sociedade de consumo. Esse padrão iniciou-se desde a revolução industrial onde saiam das maquinas produtos mais baratos, portanto mais acessíveis, no entanto de pouca duração.
Nos primeiros instantes do filme-documentário, é relatada a história de uma lâmpada incandescente que funciona de forma contínua por 112 anos. Planejar quando um produto vai falhar ou se tornar velho, programando seu fim antes mesmo da ação da natureza e do tempo de uso é a obsolescência planejada. Trata-se da estratégia de estabelecer uma data de morte de um produto, seja por meio de mau funcionamento ou envelhecimento perante as tecnologias mais recentes. Essa estratégia foi discutida como solução para a crise de 1929. O conceito teve início por volta de 1920, quando fabricantes começaram a reduzir de propósito a vida de seus produtos para aumentar venda e lucro. A primeira vítima foi a lâmpada elétrica, com a criação do primeiro cartel mundial (Phoebus) para controlar a produção. Seus membros perceberam que lâmpadas que duravam muito não