Resenha de a escrita nas práticas de letramento acadêmico, de marildes marinho (revista brasileira de lingüística aplicada, v.10, n.2, p 363 – 386, 2010), por denilson ramos teixeira.
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Marildes Marinho era doutora em linguística pela Unicamp e professora adjunta da UFMG. Conhecida por sua pesquisa na área de letramento, atuava em diversas comunidades. Sua pesquisa e sua vida foram tragicamente interrompidas em 2011, durante um assalto que culminou num acidente automobilístico. Na ocasião, Marinho encontrava-se na Bahia e trabalhava com formação de professores numa aldeia indígena. O artigo A escrita nas práticas de letramento acadêmico é um dos últimos e mais importantes de seus trabalhos. Nesta resenha, abordarei as seguintes sessões desse artigo: Apresentação; A experiência como um fator determinante do aprendizado de um gênero discursivo; Uma relação tensa com os gêneros acadêmicos na universidade; Gêneros acadêmicos nas práticas de formação de professores. A autora discute a relação dos alunos com a escrita e leitura dos textos acadêmicos, trazendo suas dificuldades e as queixas dos próprios alunos e professores, recomendando que essas queixas devem ser transformadas em propostas de ensino e pesquisa. Fica claro ao observar os questionamentos da autora juntamente com todo o contexto que a abordagem acadêmica utilizada é a etnográfica segundo os princípios bakhtinianos de linguagem.Marinho expõe que apesar de serem inúmeros os trabalhos sobre a escrita e a leitura no ensino fundamental e médio, no superior não ocorre o mesmo apesar de termos herdado o modelo universitário americano em que a prática da pesquisa é tão comum. Utilizando a noção do gênero bakhtiniano a escritora analisa a inexperiência em textos de determinados gêneros como fator determinante da dificuldade dos alunos e defende que os professores devem procurar solucionar este problema ao invés de superestimar os alunos, além de incentivá-los a utilizarem seus textos para compartilhar com outros o aprendizado. Marildes traz depoimento de uma aluna de graduação do ano de 2008, em que ela se discrimina por ter dificuldades em entender e até mesmo