resenha de região:Um espaço complexo
Espacial. São Paulo: Ática, 2000. 7. ed. p. 22-36. resenha
O texto analisa a evolução da categoria geográfica Região, porém neste recorte estarão em análise as correntes determinista e possibilista, como fios condutores para compreendê-la mediante a dinâmica socioespacial dos países como França e Alemanha. Destaca a abordagem das respectivas escolas geográficas visando o atender suas demandas políticas expansionistas. O autor ressalta que o conceito de Região deve estar ligado à noção de diferenciação entre áreas, pois cada recorte do espaço geográfico possui especificidades culturais, políticas e ideológicas. Afirma que os geógrafos digladiam, devido a complexidade, quanto ao uso e interpretação do que se refere a categoria Região, nascida na escola geográfica francesa, pois outrora esta, abarcava-se restringindo-se ao gênero de vida, e mera descrição de locais os tendo como unicamente naturais, não analisando além da Paisagem, ou seja, a transformação da primeira em segunda natureza. Sobre a corrente determinista, existente no período expansionista, no século XIX, a Região fica subentendida enquanto combinações e integrações de aspectos extremamente naturais. Um dos detalhes enfatizados refere-se ao fato de até hoje existirem presentes em livros e atlas didáticos resquícios das subdivisões, sob influência de Herbertson, que foca apenas as divisões naturais no mundo, as tendo absolutamente como geográficas. No caso brasileiro, a regionalização recebe influência da escola francesa, em 1913, por Delgado de Carvalho. No que se refere à corrente possibilita, o autor, a enfatiza considerando relações “harmoniosas” entre homem e natureza, mas esta corrente pouco se diferencia da determinista. Ainda no Brasil, sob influência possibilista surgiram as zonas fisiográficas entre 1950 e 1960, já as regiões homogêneas surgem com ênfase na Nova