Resenha de Poder e Projetos - Sherry Ortner
As reflexões sobre a agência de Ortner se situam no contexto mais amplo dos “jogos sérios”, onde os atores ativamente jogando, tentam cumprir suas metas e projetos culturalmente construídos, envolvendo tanto rotinas quanto ações intencionalizadas. Não se baseia em nenhum postulado universal, como o da ação racional, etc. Segundo a autora, este paradigma ajuda a compreender situações reais.
“... a perspectiva dos jogos sérios pressupõe atores culturalmente variáveis (e não universais) e subjetivamente complexos (e não predominantemente racionalistas e interessados em si mesmos)...” 46
Não quer substituir teorias de processos sociais em grande escala.
“... Embora pareça concentrar-se na micropolítica, seu propósito, no final das contas, sempre é entender as forças, formações e transformações mais amplas da vida social...” 46
Procede de modo inverso às teorias que explicam as partes pelo todo.
Longe de querer um ator hipersuficiente, diz sobre tal visão que “... nada poderia estar mais distante da maneira como enfoco os agentes sociais, encarando-os como estando sempre envolvidos na multiplicidade de relações sociais em que estão enredados e jamais podendo agir fora dela...” 47
Todos tem agencia, mas com tais restrições.
“... Sem ignorar as relações de solidariedade, a onipresença do poder e da desigualdade na vida social é central para a própria definição de jogos sérios...” 47
“... O pressuposto fundamental da teoria da prática, é que a cultura (em sentido muito amplo) constrói as pessoas como tipos particulares de atores sociais – mas atores sociais mesmo assim -, embora sua vivência concreta de práticas variáveis reproduza ou transforme – normalmente um pouco de cada – a cultura que os fez...” pg 45
O problema da Agência
Os Comaroff, Jean e John,